"No mundo é proibido sonhar, quem sonha é tolo, infante, certo é aquele que vive pateticamente uma vida sem cores, cinza, amarga e infeliz...mas essa é a vida que se pode viver...pateticamente humana."
Quero acrescentar esse comentário, porque é uma observação sábia e define em parte algo que me angustia e repele: massificação dos pensamentos e atitudes, imposição de valores invertidos, hipervalorização da imagem e a superficialidade das relações humanas. No que a humanidade está se tornando? Puro veneno. Pior: será que pensamos naquilo que estamos prestes a nos tornar? ...
Talvez como... Zumbis?!? Não. Uma comparação mais leve: marinheiros famintos que, sob o canto inebriante de lindas sereias, por elas mergulham, sem hesitar, na imensidão escura do oceano. O canto que carrega o tolo para o mais profundo, gelado e inóspito lugar do mundo: o ilusório.
Aquele que está desperto e cultua a própria felicidade, seja da forma que for, é rejeitado quando (talvez) sua postura não se enquadra nessa porcaria de sociedade falida, entupida até os beiços fartos de botox, de futilidade, preconceito e intolerância. Quem vai contra essa maré hipnótica precisa de força, atitude. É difícil aguentar o tranco; aquela enxurrada que te puxa pra mesma direção, num sentido só. E que não faz o menor sentido...
Sonho com uma revolução cultural, com um mundo mais sensato de pessoas mais bonitas. É um sonho bonito.
Neste momento, boa parte de nós mesmos não merece isso.
